Uma família irlandesa alega que seu cão de estimação está ajudando a
cuidar de sua filha de três anos, chamando a atenção dos pais quando a menina
está prestes a ter um ataque epilético.

Segundo a família, Charlie os alerta andando em círculos em torno de
Brianna. Ele também gentilmente a encosta contra uma parede para impedi-la de
cair durante um ataque.
A epilepsia pode levar a convulsões traumáticas, como um estado de
transe profundo, ou convulsões violentas, durante as quais ela corre o risco de
cair e bater a cabeça.
Não há provas científicas de que cães possam detectar esse mal, mas
instituições britânicas já treinam os animais para identificar problemas de
saúde em humanos.
A mãe de Brianna, Arabella Scanlan, disse que Charlie não é treinado
como um "cão de alerta para um ataque epilético" - é um animal de
estimação comum, que ela crê ter desenvolvido instintivamente uma habilidade
especial.
Padrão de comportamento
A família notou a habilidade de Charlie anos atrás, quando o enorme dogue alemão começou a ficar agitado e andar em círculos em torno Brianna, e minutos depois ela teve um ataque epilético.
A família notou a habilidade de Charlie anos atrás, quando o enorme dogue alemão começou a ficar agitado e andar em círculos em torno Brianna, e minutos depois ela teve um ataque epilético.
A mãe disse que começou a perceber um padrão de comportamento,
percebendo que a agitação do cachorro comumente aumentava antes de um ataque.

Ela conta que, desde então, o cão raramente sai do lado de Brianna e a
encosta contra alguma superfície se sente que ela está prestes a convulsionar.
"Realmente não entendo a psicologia por trás disso, mas as pessoas
ficam hipnotizadas quando o veem em ação. Realmente emociona vê-los
juntos", acrescentou.
Estudos científicos
Estudos científicos têm demonstrado que alguns cães podem ser treinados para "farejar" cânceres e detectar baixos níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos, mas até o momento não há nenhuma prova científica conclusiva de que os caninos tenham capacidade de prever ataques epiléticos em humanos.
Estudos científicos têm demonstrado que alguns cães podem ser treinados para "farejar" cânceres e detectar baixos níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos, mas até o momento não há nenhuma prova científica conclusiva de que os caninos tenham capacidade de prever ataques epiléticos em humanos.
Ao mesmo tempo, instituições de caridade na Grã-Bretanha treinam cães
para ajudar pessoas com diversos problemas de saúde.
A instituição Support Dogs treina "cães que alertam sobre
convulsões" e alega que um animal treinado pode "dar entre 10 e 55
minutos de aviso prévio sobre um iminente ataque".
A executiva-chefe da Medical Dection Dogs, Claire Guest, tem experiência
pessoal sobre a capacidade dos animais em detectar doenças graves.
Ela disse que estava ensinando cães a reconhecer tipos de câncer quando
um deles "começou a chamar sua atenção". Posteriormente, ela
descobriu que tinha um câncer de mama em estágio inicial.
Guest lembra, porém, que ainda não está claro como alguns cães poderiam
prever ataques epiléticos. Ela acha que a habilidade poderia ser desencadeada
pelo cheiro, mas os cães podem também estar respondendo a sinais visuais.
'Capacidade inata'
Vale destacar que nem todos os cães compartilham da habilidade de detectar doenças e enfermidades.
Vale destacar que nem todos os cães compartilham da habilidade de detectar doenças e enfermidades.
Guest disse essa capacidade é geralmente encontrada em cães altamente
expressivos, atenciosos em relação aos humanos e que mostram uma preocupação
geral em proteger seus donos.
Ela acrescentou que a maioria dos estudos científicos a respeito do tema
foi inicialmente provocada por relatos de donos de animais que observaram um
padrão de comportamento em seus cães. Mas crê que mais pesquisas são
necessárias.
Em 2003, os resultados de um estudo preliminar divulgado na publicação
científica Seizure, European Journal of Epilepsy sugeriram que "alguns
cães têm capacidade natural para alertar e/ou responder a ataques
epiléticos".
O estudo acrescentou que o sucesso desses cães "depende, em grande
parte, da consciência e da resposta do dono ao comportamento de alerta do
cachorro".
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